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Financeirização da natureza: começa a maior apropriação de terras da história da humanidade

RIO DE JANEIRO, BRASIL – Em setembro, a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou que havia desenvolvido uma nova classe de ativos e um veículo de listagem que o acompanhava para “preservar e restaurar os ativos naturais que, em última análise, sustentam a capacidade de haver vida na Terra.”

Chamado de empresa de ativos naturais, ou NAC, o veículo permitirá a formação de corporações especializadas “que detêm os direitos sobre os serviços ecossistêmicos produzidos em um determinado pedaço de terra, serviços como sequestro de carbono ou água limpa.”

Esses NACs irão, então, manter, gerenciar e cultivar os ativos naturais que eles mercantilizam, com o objetivo de maximizar os aspectos desse ativo natural que são considerados lucrativos pela empresa.”

(Vídeo dailyveracity)

“O objetivo final dos NACs não é a sustentabilidade ou conservação – é a financeirização da natureza, ou seja, transformar a natureza em uma mercadoria que pode ser usada para manter a atual economia de Wall Street crescendo sob o pretexto de proteger o meio ambiente e prevenir sua degradação adicional.

Na verdade, os críticos deixam isso claro quando observam que “a oportunidade” dos NACs não está em seu potencial de melhorar o bem-estar ou sustentabilidade ambiental, mas no tamanho desta nova classe de ativos, que eles chamam de “Economia da Natureza.”

“De fato, enquanto as classes de ativos da economia atual são avaliadas em aproximadamente US$512 trilhões, as classes de ativos desbloqueadas pelos NACs são significativamente maiores, US$4000 trilhões (ou seja, US$4 quatrilhões).

Assim, os NACs abrem um novo campo de alimentação para os bancos e instituições financeiras de Wall Street que lhes permitirá dominar não apenas a economia humana, mas todo o mundo natural.

No mundo que está sendo construído por essas e outras entidades relacionadas, onde até a liberdade está sendo reformulada não como um direito, mas como “um serviço”, os processos naturais dos quais a vida depende estão sendo igualmente reformulados como ativos, que terão proprietários.

Esses “proprietários”, em última análise, terão o direito, neste sistema, de ditar quem tem acesso à água potável, ao ar puro, à própria natureza e a que custo.

O lançamento público dos NACs precedeu estrategicamente a décima quinta reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, a maior conferência sobre biodiversidade em uma década. A maior apropriação global de terras da história pode estar em andamento sob o pretexto de transformar 30% do globo em “áreas protegidas.”

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